BLUMENAU (SC) – O sertanejo universitário invadiu o Brasil. Depois do rock, do emo, da micareta, do pagode, do forró universitário, agora estamos no auge do sucesso do momento: o sertanejo universitário. Para alguns críticos de música, esse gênero é modismo, logo será substituído. Já para outros, o sertanejo universitário irá perdurar e ganhar cada vez mais espaço. O estilo fez a cabeça de jovens de todas as idades. Com letras animadas, que falam de amor à balada, o ritmo coloca todo mundo pra dançar. Batemos um papo com Téo & Edu, uma das duplas que vem se destacando em Santa Catarina. Os irmãos cantores, nascidos Kleber e Kleiton respectivamente, contam um pouco da história de vida e de carreira e opinam sobre o que acham sobre o sertanejo universitário.
Qual a diferença entre o sertanejo universitário e os outros movimentos universitários (como forró e pagode)?
Téo – A palavra “universitário” é usada pela galera para ressaltar um movimento mais jovem, mais atual. Mas sertanejo é o termo que define um estilo de pensar, modo de agir, uma maneira mais simples e direta de ver a vida, sem complicações. A diferença está no próprio estilo, já que muitas das músicas do sertanejo universitário são regravações de canções antigas com arranjos atuais e mais animados. Já as novas canções, as inéditas, falam muito da vida urbana, de amores, da maneira como a galera curte a balada. Mas a música de raiz também ainda tem espaço. Antes, quem curtia o sertanejo geralmente procurava se vestir conforme este estereótipo, ou seja, calça apertada, bota, cinturão, camisa xadrez e chapéu. Essa maneira de se vestir não desapareceu, mas surgiu uma nova. Atualmente, e antes de surgir o termo universitário, quem curte o sertanejo não se veste exatamente assim, e sim com calça e camisa de marca, geralmente boné e tênis e as meninas com vestidos de modinha. Foi assim que, aos poucos, o sertanejo entrou na balada em casas onde antes só tocava música eletrônica.
Edu – A abrangência. O sertanejo abrange um território maior. Por isso leva mais pessoas aos shows. O investimento também é muito maior em relação à produção. As vendas de shows e CDs/DVDs saem mais e, automaticamente, as gravadoras investem mais.
Acham que é apenas uma moda passageira ou o sertanejo universitário veio pra ficar?
Téo – Eu diria que talvez o termo "universitário" pode ser passageiro para o sertanejo, porém, o sertanejo não passará. Hoje, segundo nosso empresário Jorge Augusto "é o estilo que mais sustenta e mantém o show bussiness no Brasil". Além de ser um estilo de vida e maneira de pensar como já havia dito.
Edu – Acho que é uma moda sim. Mas é uma moda que já dura mais de 20 anos. Acredito que vai ficar porque existem muitas novas duplas surgindo. O mais bacana disso é que é um estilo que pode ter referências infinitas, do rock ao blues
Como e quando começou a carreira de vocês?
Téo & Edu – Cantamos desde criança, nosso pai sempre gostou e trabalhou com música e quando eu era muito novo o acompanhava nos bailes e shows que fazia. Quando ele viu que nós tínhamos aptidão para a música, começou a nos ensinar o que sabia. Começamos a cantar profissionalmente há cerca de 14 anos em bares e festas de todos os tipos, eu com 15 anos e Edu com 11.
Sempre se interessaram por sertanejo?
Téo & Edu – Sim. Foi o estilo que nosso pai nos ensinou e também como começamos a cantar, dos primeiros acordes às primeiras canções.
Fonte: Assessoria de Imprensa (05/02/2010)