GASPAR (SC) – No Vale do Itajaí, por conta da profissionalização da produção cervejeira artesanal, o hábito de degustar estas delícias tem feito com que os apaixonados pela bebida também aprendam sobre as formas corretas de degustação. As dicas vão desde os copos corretos, cuja função é auxiliar a apreciar com mais clareza todos os ingredientes da cerveja, até a temperatura ideal para o consumo. São dicas simples, mas que fazem toda a diferença. Emerson Bernardes, diretor comercial e de logística da Das Bier, a artesanal de Gaspar, explica o porquê desse detalhamento na hora de beber os vários tipos de chope.

Primeiro uma aula de história: tal qual a cerveja, os recipientes usados para o consumo da bebida atravessam os séculos. Já foram feitos de cerâmica, argila, couro revestido e metais diferenciados, como o ouro, sempre com a intenção de servir a receita de forma a estimular os sentidos. “Foi somente no século 19 que o vidro ganhou o status de agora, valorizando, por exemplo, a cor e espuma”, destaca Bernardes. Com o passar dos anos, também descobriu-se os formatos mais interessantes para cada tipo de chope. Alças, pés, hastes que facilitam o encaixe das mãos servem principalmente para evitar de passar calor à bebida.

Os copos em formato de cone ajudam a concentrar os aromas em uma pequena área de percepção, por isso, combinam com as leves e de aromas suaves, como a Pilsen, da Das Bier. Da mesma forma, o fato de serem mais retos, fazem com que a bebida vá parar mais rapidamente na parte de trás da língua, local onde estão os receptores do sabor amargo, que estimulam a sensação do gosto da cerveja.

Bocas mais abertas, ao contrário, propiciam a maior expansão dos aromas, daí a combinação com bebidas como as Weizen, também produzidas pela Das Bier. Estes copos encaminham mais lentamente a bebida, assegurando que todos os sabores da receita sejam percebidos.



Alguns tipos de copos

Tulipas - Bocal estreito para concentrar os aromas e formato que auxilia na estabilidade da espuma. Tradicional em cervejas tipo Pilsen. O pé confere elegância e estabilidade.

Weizenbier – boca larga contribui na difusão do intenso aroma e o tamanho do copo faz com que receba grande quantidade da bebida, para homogeneização do fermento.

Pint – em formato cilíndrico, porém mais largo do que o stange, o pint é bastante utilizado na Inglaterra e na Alemanha, por permitir beber vários tipos de cerveja, além de ter um desenho universal, ser barato e possibilitar um fácil armazenamento.

Flutê – parecidos com taças de champanhe ou espumante, os flutês casam bem com alguns tipos de cerveja, já que seguram o gás não deixando que ele se dissipe com muita rapidez, permitindo igualmente observar a cor e o corpo da cerveja com grande nitidez.

Snifter – no mesmo formato, mas maiores do que os cálices de conhaque, têm formato ideal para capturar os aromas de cervejas fortes, já que ajudam na sua preservação.

Stange – bem comuns e em formato cilíndrico, são de origem germânica e devem ser usados em cervejas delicadas, já que possibilitam a ampliação dos aromas e sabores do malte e do lúpulo.



Chopes Das Bier

Weizen – Chope de médio teor alcoólico, cremoso e turvo, com traços de cravo e leves notas frutadas que proporcionam uma sensação refrescante.

Braunes Ale – Chope de alta fermentação e médio teor alcoólico, encorpado, tem traços de chocolate e perfume de lúpulo característico da sua origem, que transformam seu sabor em algo indescritível.

Pilsen e Natural – Criado de acordo com a Lei de Pureza Alemã, de 1516, é um chope de baixa fermentação e médio teor alcoólico, proporcionando uma degustação saborosa e refrescante, que só o melhor chope pilsen pode proporcionar. O chope Natural é mais encorpado e possui sabor único.

Fonte: Assessoria de Imprensa (21/11/2009)