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Paula Toller, vocalista do Kid Abelha, lança Transbordada com show no P12, em Jurerê

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paula toller, vocalista do kid abelha, lança transbordada com show no p12, em jurerê
No sábado, dia 13 de junho, um dia depois do dia dos namorados, Paula Toller, vocalista do Kid Abelha se apresenta no P12 - Parador Internacional (Servidão José Cardoso de Oliveira, s/n° lote 3 - Jurerê Internacional). O show faz parte da turnê de lançamento do novo trabalho da cantora: Transbordada. Paula Toller cantará antigos e novos sucessos de sua carreira de mais de 30 anos. A casa terá abertura às 16h e o show está previsto para ter início às 19h.

TRANSBORDADA:
Poucas sensações são mais reconfortantes do que se ver uma artista chegar à maturidade certa de quem é, do que quer e do que sabe, sem jamais deixar as experimentações e os desafios. TRANSBORDADA é o quarto disco solo de Paula Toller, depois de Paula Toller (1998), SóNós (2007), Nosso (2008) e de uma vitoriosíssima carreira à frente do Kid Abelha que remonta à primeira metade da década de 1980.

Depois de mais de três décadas de estrada, Paula sabe muito bem usar a voz, as palavras, os tchutchutchus e ôôôs que bem entende ( e o disco é cheio deles, deliciosos). A cantora, que nunca foi de se contentar com pouco, resolveu sua banda de forma simples e incontestável: Liminha, produtor do disco e parceiro de Paula em todas as músicas, pilota baixos, guitarras, teclados, programações, o que vier pela frente. Além da visceralidade de um ex-Mutante, ele mostra que surfa em turbulências no mar tecnológico, adicionando beats e barulhinhos com bom gosto e parcimônia.

São a guitarra e uma batida eletrônica dançante do mestre que abrem o disco, em Tímidos românticos, canção balançada, otimista, embalada pelo refrão “ Amo você, amo nós dois”, uma saudável confusão amorosa. Afinal, como dizem os versos, “ Você por perto, dá tudo certo”. Desde o começo nota-se a segurança do vocal de Paula, equilibrando melodia e interpretação.

Calmaí, que vem em seguida, mostra que a cantora, se resolveu bem em harmonia com Liminha, foi além em matéria de percussão: o experiente baterista Adal Fonseca, que a acompanha há anos, aparece pela primeira vez no disco, em uma levada marcada, emoldurada pelo pandeiro sempre virtuoso de Marcos Suzano. Aguarde, que a bateria ainda trará mais surpresas até o fim da trama... Com a voz em uma região mais grave, Paula vai fundo na letra (“Acelerar os mecanismos de cicatrização da cicatriz”), em oposição ao refrão otimista, até inocente.

O universo feminino é o tema de Já chegou a hora, que vem em seguida: uma levada funk, cortesia do baixo de Liminha, conduz a cantora por uma letra que cita lutas e conquistas das mulheres para desembocar no doce refrão: “Já chegou a hora/Diga que me adora” . O ritmo do disco, que vinha forte, dá aqui lugar a uma certa melancolia, na bela e melódica “ O sol desaparece”, crônica de uma inevitável separação e da sensação de falta de chão que decorre dela. “ Eu durmo cada dia num lugar/Saio sempre sem ninguém notar/ O meu destino é me mudar/ Pra você não me alcançar”, diz a letra, assinada por Paula, cuja voz passa com precisão uma tristeza que beira o desespero.

Depois dessa dolorida poesia, a batida volta para cima com Ele, oh ele, uma pérola romântica, de total entrega ao amor: “ Ele tem o meu amor, tem meu corpo inteiro, meu sorriso é todo dele “. Mais uma vez a dupla Liminha – Adal (abrilhantada pelos teclados de Caio Fonseca), econômica nas horas certas, se encarrega de levar a música adiante, sequinha, sem gordura, rolando a bola para voz de Paula chutar a gol.

Para vir em seguida à fofura de uma canção de amor, nada como uma guitarra rascante, e disso Liminha entende: a batida agressiva, lenta, quase stoner, emoldura a voz de Paula, mais agressiva, turbinada por efeitos, na ácida Seu nome é blá, que versa sobre as pessoas que muito falam e pouco realizam, que sempre têm algo desagradável a contribuir. Um riff simples e preciso de piano (sim, ele mesmo, Liminha) é a cereja do bolo da música mais roqueira do disco. Rock? Pois em um novo contraponto, um violão suave introduz uma melodia tristonha, que Paula divide com Hélio Flanders (do Vanguart): Será que eu vou me arrepender? É uma música sobre perda, em que o dueto das vozes cria uma dissonância suave, bonita, à frente de violões. “ Será que vai doer lembrar do dia em que eu te conheci? Será que eu vou saber por que te perdi? “.

O clima mais introspectivo continua na canção seguinte, À deriva pela vida, de sabor jamaicano e temática existencial, enfeitada por imagens marinhas. A levada reggae mascara uma letra profunda, “ Nos perdemos no caminho/ onde impera a solidão/ À deriva pela vida/ Sem saber onde vai dar”. Agora é o baterista João Viana quem vem emprestar seu pulso característico, sutil, sempre em prol da canção. Mikael Muti (teclados e programações) e Frederico Pulpi (violoncelo) dão o acabamento ao lado de vocalizes e scats.

A autobiográfica faixa-título é conduzida por uma guitarra funkeira seca e mais uma batida reta de João Viana, tudo perfeito para que brilhem voz, melodia e letra: “ Minha história já não cabe mais em mim/ Minha alma cisma em se atirar pela rua abaixo”, canta Paula, precisa ao encurtar e esticar as notas certas. Fechando o disco com lirismo e beleza, a ensolarada Ohayou traz, para quem já ouviu Adal Fonseca e João Viana, nada menos do que a bateria luxo de João Barone. “ Eu vou à luta meio sem razão/ Escancarando meu coração”. Barone espanca as peles da bateria com a elegância que Deus lhe deu, em uma música (e um disco) que o ouvinte torce para não acabar.

SERVIÇO: SHOW PAULA TOLLER
DATA: 13.06.2015 - SÁBADO
HORÁRIO: abertura da casa às 16h às 22h
LOCAL: P12 - José Cardoso de Oliveira, Jurerê Internacional.
INGRESSOS ANTECIPADOS: Unissex R$ 80,00 (valores sujeitos à alterações)
PONTOS DE VENDA DE INGRESSOS ANTECIPADOS: eccopass.com, no escritório Central do Grupo Novo Brasil, no P12, Colcci (Shopping Beiramar), Dummond (Shoppings Beiramar e Iguatemi), na Intercultural (Shopping Trindade), nas Lojas Adidas (Iguatemi e Balneário Shopping), no Eccopass Concept (Iguatemi) e no Pit Stop Armazém (Balneário)
MAIS INFORMAÇÕES: 48 3284.8156 ou pelo email [email protected]
Fonte: Assessoria (26/05/2015)
 

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