A Praia Brava continuou apresentando boas ondas de 1 metro de altura na quarta-feira para a continuação do Maresia Surf International em Itajaí. Como no primeiro dia, o vento sul entrou forte com muita chuva no início da tarde, mas dessa vez a competição prosseguiu depois de um pequeno intervalo. O potiguar Jadson André estreou na última bateria antes da paralisação e igualou o maior placar do campeonato registrado pelo carioca Anselmo Correia no primeiro dia. Com notas 8,33 e 7,17, Jadson atingiu os mesmos 15,50 pontos, mas Anselmo continua como recordista absoluto de nota, pois ninguém conseguiu superar o 9,17 que o carioca arrancou dos juízes na terça-feira. Jadson é um dos cabeças-de-chave da segunda fase que já competiram, mas apenas oito das 24 baterias foram realizadas na quarta-feira.
“Estou feliz por ter conseguido notas excelentes na minha primeira bateria do campeonato e espero manter este ritmo nas próximas para tentar ganhar o título desta etapa”, prometeu Jadson André, que venceu a outra prova realizada no litoral norte de Santa Catarina, em setembro na Prainha de São Francisco do Sul. “Santa Catarina sempre me dá sorte e boas lembranças. Foi onde conquistei minha primeira vitória no WQS e quero repetir a dose. Estou com muita vontade, a vibração do lugar é alucinante, todo mundo dando a maior força, estou bem à vontade, comecei com o pé direito, deu tudo certo e espero continuar assim a semana inteira”, deseja Jadson, que também pode representar o Brasil no próximo Mundial Pro Junior da ASP na Austrália, na vaga do surfista sul-americano mais bem colocado no ranking final do WQS.
No momento, ele divide a 35.a colocação com o carioca Yuri Sodré e além deles só mais dois brasileiros têm chances matemáticas de entrar no grupo dos 15 surfistas que sobem para o WCT no Maresia Surf International. Raoni Monteiro em 16.o lugar é o que está mais próximo da zona de classificação e Willian Cardoso em quadragésimo fecha a lista dos que podem ingressar no G-15 do WQS em Itajaí. O carioca e o catarinense só vão estrear nesta quinta-feira e a tarefa para Willian, Yuri e Jadson não é fácil. Eles têm que vencer essa etapa na Praia Brava para poderem superar os 10.088 pontos no ranking do norte-americano Gabe Kling, que ocupa a última posição na lista dos 15.
CONTUNDIDOS ABREM VAGAS - Já entre os que fazem parte deste grupo, apenas dois estavam inscritos no Maresia Surf International, mas um terceiro entrou na última hora para substituir o havaiano Kiron Jabour, que está contundido e cancelou sua participação. Este também foi o motivo que tirou Neco Padaratz do campeonato. O catarinense estava junto com o campeão brasileiro Gustavo Fernandes, da Equipe Maresia, como cabeça-de-chave da 24.a bateria da segunda fase e sua vaga passou para o australiano Chad Compton. Já a do havaiano ficou com o carioca Pedro Henrique.
Pedrinho estava inscrito na etapa das Ilhas Canárias que está rolando nesta semana, mas ficou doente, perdeu o vôo, aí contactou a organização do Maresia Surf International e ficou sabendo da contusão do havaiano Kiron Jabour e da possibilidade dessa vaga na quinta bateria. Ela foi iniciada logo após a paralisação devido a chuva forte trazida pelo vento sul. Pedro Henrique começou bem e pegou as melhores ondas para vencer a disputa, enquanto o paulista Ricardo Ferreira ganhava a briga pela segunda vaga, com ambos eliminando o número 5 do WQS, o australiano Josh Kerr.
“Estou muito feliz por ter conseguido me recuperar a tempo de poder competir aqui, pois não pude viajar para as Ilhas Canárias. Não era para eu estar correndo campeonato nenhum agora e ainda bem que surgiu essa oportunidade. Eu estou focado em conseguir minha vaga de volta no WCT e espero conseguir um bom resultado aqui para sair daquela zona de perigo no ranking”, falou Pedro Henrique, que divide o 13.o lugar com o paranaense Jihad Khodr, que preferiu disputar o Maresia Surf International de 2.500 pontos do que ir para a etapa de 3.000 pontos nas Ilhas Canárias.
“Pois é, tem gente lá e aqui correndo atrás das últimas vagas para o WCT, mas tem vários campeonatos daqui até o fim do ano e não adianta eu ficar me preocupando com ninguém, até porque eu não posso mudar nada. Só tenho que me concentrar em fazer minha parte bem feita, tentar aumentar minha pontuação no ranking e para isso eu preciso de um bom resultado, de quartas-de-final para a frente. Quem sabe não consigo isso aqui. Lá no Rio de Janeiro (semana passada) cheguei perto de trocar meu pior resultado, não deu e a tentativa agora passa a ser aqui”, analisou Pedrinho.
Com a entrada dos cabeças-de-chave, o nível da competição aumentou no Maresia Surf International e isso foi comprovado logo na primeira bateria. O potiguar Fabrício Júnior liderou quase de ponta-a-ponta, mas a briga da segunda vaga para a rodada dos 48 melhores surfistas do campeonato foi intensa e decidida na última onda do paulista Flávio Nakagima. Foi nela que o atleta da Equipe Maresia superou o também paulista Magno Pacheco para se classificar.
“A bateria foi muito difícil, de alto nível, o mar está complicado porque a maioria das ondas está fechando rápido demais, séries demorando para entrar, ou seja, tudo estava difícil, mas no finalzinho veio a onda da virada e eu consegui apresentar o meu surfe para passar para a próxima fase”, vibrou Flávio Nakagima, que entrou na lista de cabeças-de-chave com um convite especial da Maresia. “Quero mostrar meu trabalho dentro da água para fazer valer essa confiança e só tenho que agradecer a Maresia pela força que vêm me dando, acreditando no meu surfe”, agradece Nakagima.
Já entre os estrangeiros, o primeiro a avançar para a fase dos 48 melhores foi o australiano Alex Chacon, que superou três feras do Circuito Brasileiro, o paulista Renato Galvão, o carioca Leandro Bastos e o baiano Flávio Costa. “Comecei bem a bateria, mas depois sofri para achar uma segunda onda que rendesse uma nota boa. Corri atrás dela o tempo inteiro e ela só apareceu no finalzinho, quando consegui pular do terceiro para o primeiro lugar. Esse já é o meu melhor resultado na carreira, pois é a primeira vez que passo para a fase dos 48 numa etapa de 6 estrelas”, falou Alex.
O japonês Masatoshi Ohno foi outro estrangeiro que já passou pela rodada de estréia dos cabeças-de-chave do Maresia Surf International, classificando-se em segundo lugar na disputa vencida pelo alagoano Tânio Barreto. “Foi uma bateria bem disputada e tive a sorte de achar uma boa onda logo no inicio. Apesar do vento maral forte, ainda tem boas ondas, fortes e cavadas, agora é passar mais baterias para conseguir um bom resultado aqui em Itajaí. Gosto muito de vir ao Brasil, das pessoas que são muito receptivas e principalmente as praias e as garotas muito lindas”, disse Ohno.
O Maresia Surf International é realizado com patrocínio da Nova Schin, VIVO, Governo do Estado de Santa Catarina e FUNDESPORTE - Fundo de Incentivo ao Esporte da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, além do apoio da Haco Etiquetas, Revista Fluir, site Waves.Terra, Pousada Ondas da Brava, Kiwi Bar, Jornal Drop e Movie Action. O evento é uma realização conjunta da Prefeitura Municipal de Itajaí, Fundação Itajaiense de Turismo (FITUR), Federação Catarinense de Surf (FECASURF) e da Associação de Surf Praias de Itajaí (ASPI), sendo transmitido ao vivo na internet pelos sites www.maresia.com.br – www.aspsouthamerica.com.br – www.waves.com.br
MARESIA SURF INTERNATIONAL – baterias da segunda fase que vão abrir a quinta-feira:
11: Marco Polo (SC), Robson Santos (SP), Renan Batalha (SC), Gustavo Schlickmann (SC)
12: Ricky Basnett (AFR), Heitor Pereira (SP), Diego Santos (SP), Alex Ribeiro (SP)
13: Jihad Khodr (PR), Tomas Hermes (SC), Guilherme Ferreira (SC), Guilherme Ramalho (SC)
14: Shaun Ward (EUA), Danilo Costa (RN), Caetano Vargas (PR), Edvan Silva (CE)
15: Wiggolly Dantas (SP), Gilmar Silva (SP), Patrick Tamberg (FN), Antonio Eudes (CE)
16: Willian Cardoso (SC), Dunga Neto (CE), Beto Fernandes (SP), Márcio Farney (CE)
17: Brett Simpson (EUA), Milton Morbeck (RJ), Beto Mariano (SC), Igor Moraes (RJ)
18: T. J. Barron (HAV), Bernardo Lopes (BA), Guilherme Sodré (RJ), Denis Tihara (BA)
19: Odirlei Coutinho (SP), Bruno Santos (RJ), Bruno Rodrigues (PE), Alan Saulo (PB)
20: Raoni Monteiro (RJ), Messias Félix (CE), Victor Drews (SC), Thiago Camarão (SP)
21: Dustin Cuizon (HAV), Adilton Mariano (CE), Gabriel Medina (SP), Bruno Galini (BA)
22: Bernardo Pigmeu (PE), Fábio Gouveia (PB), Jerônimo Vargas (RJ), Davi do Carmo (SP)
23: Antonio Bortoletto (AFR), Guilherme Herdy (RJ), Eric de Souza (RJ), Icaro Ronchi (SC)
24: Chad Compton (AUS), Gustavo Fernandes (RJ), Cauê Wood (SC), Jano Belo (PB)
TERCEIRA FASE – 48 melhores – baterias já formadas:
01: Victor Ribas (RJ), Fabrício Júnior (RN), Alex Chacon (AUS), Anselmo Correia (RJ)
02: Jadson André (RN), Renato Galvão (SP), Diego Rosa (SC), Flávio Nakagima (SP)
03: Pedro Henrique (RJ), Dustin Barca (HAV), Warwick Wright (AFR), Tânio Barreto (AL)
04: Peterson Rosa (PR), Masatoshi Ohno (JAP), Charlie Brown (CE), Ricardo Ferreira (SP)
Fonte: Assessoria de Imprensa (16/10/2008)