1. O mundo dos DJS, era antigamente, bastante masculino, hoje é mais normal vermos as "Djettes" comandando as pistas, como você vê isso?
Vejo tudo com muita naturalidade. Na hora de tocar, temos que ser técnicos e precisos (homem ou mulher). Para mim, o que importa é a qualidade do trabalho, vindo de quem quer que seja.
2. Existiu alguma dificuldade no começo de sua carreira?
Não vejo como dificuldade o que eu passei, acho que todos demoram um pouco para provar o porque vieram e o porque aqui estão. Confesso que ralei bastante para mostrar o meu trabalho e a seriedade com que eu lido tudo isso.
3. Seu trabalho mundo a fora está super reconhecido, como é o público lá fora com uma Dj Brasileira?
Lá fora o Brasil está em alta pelos seus clubs (Warung e D-Edge), por produtores como Gui Boratto, pelos lugares paradisíacos e pelas lindas mulheres. E o público é super curioso, pra saber o que temos para mostrar. Na verdade, os europeus não faziam idéia de que no Brasil estávamos tão adiantados na cena e nivelados com eles. E foi isso que eu fiz, quando toquei em Ibiza e na Alemanha, provei que aqui na terra do samba também gostamos de som inteligente!
4. Como anda o Projeto Robótika?
O Robótika está de férias no momento (risos), pois o nosso clubinho também está (Vibe Club - Curitba PR). Mas, o nosso filho prodígio já tem 2 anos e está com tudo em cima! Temos intenção de trazer mais convidados bacanas para este ano, não só brasileiros, mas uns europeus da nova safra e os novos talentos vindos de outros Estados, não apenas de São Paulo.
5. Fale um pouco sobre a experiência de tocar em Ibiza e Berlin que atualmente é tida como referência no minimal?
Tocar no DC10 em Ibiza e não só em Berlin, como em Hannover e Stevenhagen, foram incrivelmente essenciais para o que eu estou vivendo hoje e para o tipo de som que eu estou gostando. Berlin é a capital dos sons minimalistas, tanto house, como techno e eu tive o privilégio de conhecer muitos produtores legais e algumas lojas a fundo. A cena de Berlin é perfeita para que não gosta da mesmice musical (muitos sons diferentes e vida noturna mega ativa). Ibiza é a extensão disso tudo, só que no meio do mar mediterrâneo, com natureza e muito alto astral. E tocar nesses lugares é algo inexplicável, pois você se sente na hora e lugar exatos, tentando entender o que está acontecendo e ao mesmo tempo agradecendo a Deus por estar ali. Entendeu? (risos)
6. Qual foi o melhor público que você tocou?
Não conseguirei dizer apenas um, mas com certeza o público do Warung, Vibe, DC10 e Maria Club em Berlim, são os meus preferidos!
7. Em relação a produção, alguma novidade?
Bem, agora estou de férias, na praia e não consigo pensar em outra coisa do que descansar a minha mente, mas a partir de março, voltarei a produzir algo. Mas, tenho duas tracks que serão lançadas em um selo nacional ou alemão, eu estou negociando.
8. O que a Dj Aninha vem escutando nos últimos tempos?
Quando pesquiso minhas tracks, só ouço house com influência de minimal/tech house e minimal techno, que está com bpms baixos e com muito groove de house. Em casa, prefiro trip hop e mpb.
9. Podemos esperar novidades para 2008?
Sim! Quero fazer meu site novo, estou planejando uma nova turnê européia com a família Warung e muitas horas em estudio produzindo, mas o resultado vocês verão depois! (risos)
Entrevista concedida em: 18/01/2008